quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Crescer

Crescer é uma fatalidade que todos passamos seja num passado distante ou num presente momento.
Aonde foi deixamos a inocência, a falta de preocupação e a sinceridade que tínhamos?
Coisas muitas vezes deixadas num tempo em que nossas únicas decisões não passavam de escolher nosso presente de natal. Onde todo o resto era apenas uma chatice aos nossos ouvidos.
Crescer é um processo aonde levamos muitos tombos, nos machucando com mais frequência e intensidade  do que aqueles simples hematomas e arranhões que colecionávamos  quando mais novos. Tombos esses que no decorrer do tempo nos ensinam algo que jamais devíamos esquecer. São esses os mais dolorosos, pois mesmo que nos levantemos eles jamais serão esquecidos.

Quando será que vou conseguir caminhar sem correr o risco de cair novamente?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fantasmas do Passado

As vezes me pergunto se isso acontece por acaso. Ou se sou eu que faço acontecer. Mas o que realmente importa é o por que de acontecer? Uma pergunta que infelizmente ainda não sei responder e que talvez não tenha uma resposta concreta. Afinal o ser humano como um todo sempre busca respostas para aquilo que não compreende. Mesmo que sejam apenas perguntas feitas por um Fantasma do Passado.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Vela

Numa madruga me peguei em um momento ao qual nenhuma palavra sincera conseguia sair de minha boca. Na noite que parecia apenas mais um dos cotidianos porem esporádicos e alternativos passeios com uma importante pessoa pra mim.
Em um local um tanto fora do meu eu. Bixos Grilos pra todos os lados, uma infinidade de dreads, uma roda de samba, reggae e afins. Com o ar carregado com o cheiro característico da erva mais cobiçada por esse tipo de gente. E lógico com muita da bebida que jamais poderia faltar em qualquer ocasião, o álcool, de todas as formas e em todos os sabores. O que importava era ficar fora de si por algum meio.
E foi nesse contexto que uma pergunta se dirigiu para mim. O que poderia ser apenas uma pergunta qualquer em outro contexto naquele exato momento me deixou sem nenhuma palavra.

"Imagine que isso na sua frente é uma vela de aniversário. Agora faça um pedido. Aquilo que você mais deseja no momento. O que você pediu?"
-Não sei... ( foram as únicas palavras que consegui pronunciar naquele momento, e por mais algumas vezes a repeti quando questionado novamente).

Embora eu tenha certeza de que foram apenas mentiras contadas para mim. Naquele hora não tinha certeza do que eu realmente queria. Tanta coisa se passou em minha cabeça. Tantos desejos que deixei de realizar, desejos dos quais eu abri mão. Sonhos que ainda possou. E uma frase que me veio todas as vezes, na qual fui questionado.
A qual eu não consegui questionar se realmente era aquilo que estava querendo ou apenas um impulso.
E foi devido a essa frase que perturbava inconstantemente que perguntei:

-Me diz o que você quer ouvir? Porque eu já não sei o que quero dizer.

Viver em dois mundos completamente distintos, isso foi o que me fez duvidar. Estar preso no lugar em que eu quero sair. Não me fazia sentido.